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Oratório de pousar
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Documento
Metadados
Número de registro
208
Denominação
Oratório de pousar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de São Francisco | Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | madeira | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
133
Largura (cm)
68,5
Profundidade (cm)
26
Resumo descritivo
Oratório de pousar, de médio porte e manufatura erudita, confeccionado em madeira (cedro) entalhada, policromada e dourada, em estilo D. José I. Móvel com estrutura aberta na parte frontal, tendo frontão em rocalha, concheados e volutas com fundo em marmorizado nos tons azul, vermelho e marrom. Apresenta cimalha em leve curvatura ornado por dupla de frisos dourados. Laterais do móvel com as extremidades superior e inferior abauladas e divididas em três faces pintadas com fundo azul, contendo três molduras com fundo branco ornadas por volutas e motivos florais em tom azul. Parte frontal das laterais em marmorizado seguindo a mesma padronagem do frontão, emolduradas por friso dourado contendo folha de acanto na parte superior e rocalha na parte inferior, ambas em dourado. Perfil de camarim dourado ornado por volutas contrapostas e pequenas rocalhas. Parte interna do objeto incluindo teto, laterais e fundo em tom azulado ornado por rosinhas-de-malabar nos tons vermelho escuro e claro, castanho e com ramagens em tom azul e dourado, além de molduras em série de arcos decorados internamente por motivos florais em tinta preta sobre fundo esbranquiçado. (Cont. em OBSERVAÇÕES). Parte inferior interna do móvel composta por três peanhas unidas na base, em tom bege, com ornatos em relevo compostos por folha de acanto e volutas douradas. Da peanha central sobressai crucifico (sem o Cristo), dourado e raiado, com as três extremidades da cruz ornadas por volutas e frisos. Base da cruz ladeada por volutas contendo, na parte frontal, pequena peanha com a mesma padronagem decorativa. Base do oratório encimada por friso e com rocalha na parte central inferior, posicionada de forma invertida e ladeada por emolduramento com fundo em tom bege (tendo vestígios de bolo armênio), cercada por frisos dourados sobre fundo azulado. Peça apoiada sobre quatro pés recortados em curvas e arrematados por volutas douradas. Parte posterior do objeto em tábua lisa e removível com sistema de abertura através de quatro tramelas de madeira dispostas nas extremidades da tábua. Foram encontrados três dossiês referentes ao oratório n° 208 e seus complementos, como cruz e peanha (contendo numeração bipartida: 208 a; 208 b; 208 c). Toda documentação anterior foi unificada como “oratório de pousar” e os detalhes citados na . Medidas complementares: (Base) – H=24,0 cm; L=47,5 cm; (Cruz) – H=61,0 cm; L=34,5 cm. Documentação encontrada no dossiê: 1) Ficha cadastral do Ministério da Educação e Cultura, datilografada e assinada pelo informante e pelo dirigente do órgão, Antonio Eugenio Nascimento e João Brandão Costa (respectivamente), datada de 06/12/1970. 2) Ficha cadastral do MEC/ Iphan, datilografada, com o nome de Antonio Eugenio Nascimento, datada de 11/11/1974. 3) Ficha datilografada do MEC/IPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura, com foto preto-e-branca. 4) 03 Fichas de Catalogação de Acervo Museológico, registradas por Tânia Bravo Leite (1989) e revisadas pela museóloga do Museu da Inconfidência, Celina Santos Barboza, em 1989 (fichas datilografadas). 5) 03 Fichas de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinadas por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1991), cada uma com foto preto-e-branca. 6) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Museus Vinculados 13ª CR, datada de 17/01/1996.
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” – Peça fotografada para o referido catálogo. (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 23.