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199-2
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199-3
Número de registro
199
Denominação
Oratório de pousar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | fundição | madeira | metal | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
196,5
Largura (cm)
92,5
Profundidade (cm)
46,5 e 36,1 (interna)
Resumo descritivo
Oratório de pousar, de grande porte e manufatura erudita, confeccionado em madeira entalhada, policromada e dourada, em estilo D. José I. Móvel com estrutura em caixa de formato trapezoidal, contendo pintura externa em tom azul, frontão recortado e vazado, encimado por palmeta, folhagens e volutas douradas, além de guirlanda. Frontão sobre cimalha abaulada ornada por dupla de frisos em dourado. Objeto com a parte frontal composta por duas folhas de porta, cada uma contendo duas almofadas, ornadas por folhagens em tom azul sobre fundo branco, emolduradas por frisos em tom amarelo. Folhas de porta fixadas por quatro dobradiças em metal (ferro), dispostas duas de cada lado. Na parte inferior da folha de porta direita, tramela de madeira. Na parte externa das laterais superiores, destacam-se ornatos em folhagens douradas. Objeto apoiado sobre base escalonada, esta sobre quatro pés recortados em curvas. Laterais do móvel em tábuas lisas, pintadas em tom verde. (Cont. em OBSERVAÇÕES) Parte interna do móvel, laterais e teto com fundo esverdeado, ornados por rosinhas-de-malabar nos tons vermelho, branco e verde escuro, destacando-se, ao centro, emolduramento composto por nuvens em tom cinza e branco. Perfil de camarim vazado e dourado, ornado com motivos florais e volutas. Parte interna das folhas de porta ornadas por quatro vasos em tom marrom, dispostos verticalmente (dois de cada lado), contendo buquê de flores em tom vermelho claro e branco com ramagens em tom verde. Cada vaso encontra-se envolto por cartela de rocalhas e motivos fitomorfos em tom azul. Na parte inferior da folha de porta esquerda, sistema de tranca em gancho de ferro. No interior do móvel, duas peanhas em marmorizado nos tons bege e vermelho, ornadas por motivos fitomorfos em relevo e com a superfície em madeira lisa para colocação dos santos. Documentação encontrada no dossiê: 1) 02 Fichas cadastrais do Ministério da Educação e Cultura, datilografadas e assinadas pelo informante e pelo dirigente do órgão, Antonio Eugenio Nascimento e João Brandão Costa (respectivamente), datadas de 06/12/1970. 2) Ficha cadastral do MEC/ Iphan, datilografada, com o nome de Antonio Eugenio Nascimento, datada de 11/11/1974. 3) Ficha datilografada do MEC/IPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura, com foto preto-e-branca. 4) Ficha amarela de fichário, datilografada, com duas fotos preto-e-brancas, que cita: “N° 1 - Oratório c/ 2,00 x 0,80 de almofadas e entalhado com pinturas internas. Proc. D. Ana Alcântara”. 5) Ficha de Catalogação de Acervo Museológico, registrada por Tânia Bravo Leite (1989) e revisada pela museóloga do Museu da Inconfidência, Celina Santos Barboza, em 1989 (ficha datilografada). 6) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1991), com foto preto-e-branca. 7) 01 foto preto-e-branca (pequena). 8) Cópia xerográfica de parte da publicação Invocações da Virgem Maria no Brasil (Ed. Vozes. Petrópolis, 1980), de autoria de Nilza Botelho Megale. 9) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Museus Vinculados 13ª CR, datada de 12/01/1996.
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” – Peça fotografada para o referido catálogo. (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 23, 32 e 33.





