-
Santo
- Voltar
Documento
Anexos
Metadados
Miniatura
Título
São José
Número de registro
128
Denominação
Santo
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de Nossa Senhora do Rosário | Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | madeira | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
27
Largura (cm)
10
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de médio porte, representando São José, confeccionada em madeira (cedro) entalhada, policromada e dourada. Figura masculina, de meia-idade, de pé, com rosto ligeiramente voltado à direita, tendo cabelos curtos e ondulados, em tom preto, partidos ao meio, testa curta, sobrancelhas pintadas e olhos de vidro em tom preto, nariz pequeno, bochechas rosadas, barba e bigode pintados em tom preto, e boca pequena com lábios carnudos, em tom vermelho. Traja túnica cintada preta, ornada por frisos em dourado. Braços flexionados. Sobre a túnica, manto com panejamento levemente movimentado, tendo a parte externa em tom amarelo com frisos em vermelho, e a parte interna em tom verde com frisos em tom preto e em dourado. Pés calçados com sapatos pretos aparentes, tendo o seu pé direito levemente voltado para trás. Escultura apoiada sobre base irregular, com laterais retas e parte frontal abaulada, pintada em marmorizado nos tons vermelho e bege. Carnação em tom bege.
Dados históricos
Sobre São José: "Descendente do Rei Davi, filho de Jacó ou de Heli, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Cristo (...) É muito antiga a devoção a São José, entretanto o culto litúrgico data de início do século XV. Em 1870, foi declarado Patrono da Igreja Universal e, em 1955, patrono dos operários e dos casamentos./ Sua festa é celebrada a 19 de março./ É representado como homem semicalvo, barbado e de meia-idade, que leva nos braços, ou numa das mãos, o Menino Jesus. Na outra mão, traz um cajado florido – que simboliza tanto a sua escolha, entre outros, para esposo da Virgem Maria, como seu casamento virginal. Pode ainda ser representado com instrumentos de carpinteiro. No conjunto da Sagrada Família, figura ao lado de Maria e do Menino Jesus. Está presente, em atitude de adoração, em cenas de presépio. Pode ser ainda representado levando aos braços o Menino Jesus e acompanhado da Virgem Maria, nas representações de fuga para o Egito.” (1) Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “124/ Uma Imagem/ De São José, em madeira, medindo 0,33m/ Idem/ 1.951". No item Idem, leia-se Igreja do Rosário. (1) CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã. Ed. UFOP/ IPAC, Ouro Preto,1993. Pág. 18. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs.22 e 45.