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Metadados
Título
[Nossa Senhora da Soledade]
Número de registro
156
Denominação
Nossa Senhora
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | [Minas Gerais]
Autor
Material/Técnica
douramento | escultura | folha de ouro | pedra | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
25,5
Largura (cm)
9,0 (base)
Profundidade (cm)
7,0 (base)
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de médio porte, representando possivelmente Nossa Senhora da Soledade, esculpida em pedra (esteatita) policromada e dourada. Figura feminina, jovem, de pé, sem policromia, com cabeça inclinada à direita e coberta por véu curto. Traja túnica de mangas compridas e gola arredondada, sobreposta por manto com panejamento movimentado. Apresenta sua perna direita ligeiramente flexionada e pés de dedos longilíneos calçados com sandálias de tiras. Com suas mãos, segura o Sagrado Coração de Jesus, pintado em tom vermelho, posicionado próximo ao peito. Peça apoiada sobre base em rochedo estilizado, pintado nos tons verde escuro, verde claro e vermelho, tendo pontos em dourado. Parte posterior reta.
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 22 e 45.