Dados históricos
Sobre Querubim: “Anjo da primeira hierarquia celeste que, segundo os padres da Igreja, tem o conhecimento de Deus e a capacidade de receber os dons da luz. Sua representação foi, a princípio inspirada em trechos do Antigo Testamento: “Farás dois querubins de ouro (...) os querubins terão as asas estendidas para cima” (Êxodo 25, 18 e 20)/ Depois sua figura evoluiu para uma cabeça de criança com duas asas/ Essa figura foi amplamente usada na decoração barroca no Brasil e aparece, num grupo de três, na base da imagem de N. S. da Conceição.” (1) Sobre Anjo: “Designa uma classe de seres puramente espirituais que, na BÌBLIA, aparecem como servos de Deus e, especialmente, como seus mensageiros – vínculos de comunicação entre Deus e os homens. Segundo uma classificação que remonta aos primeiros séculos da Era Cristã, dividem-se os ANJOS em três hierarquias, distribuídas cada uma em três coros: 1 – Serafins, Querubins e Tronos;/ 2 – Domínios, Virtudes e Poderes;/ 3 – Principados, Arcanjos e Anjos”. (2) Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (3)