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162-2
Título
Nossa Senhora das Dores
Número de registro
162
Denominação
Nossa Senhora
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de N. Sª do Rosário | Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | madeira | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
35,5
Largura (cm)
10,5
Profundidade (cm)
8,2
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de médio porte, representando Nossa Senhora das Dores, confeccionada em madeira (jacarandá) entalhada, policromada e dourada. Figura feminina, de meia-idade, de pé, com cabeça inclinada à direita, olhar voltado para cima, rosto oval, testa curta, com sobrancelhas e olhos pintados em tom castanho e olhar de angústia, tendo lágrimas caindo do olho esquerdo (em tom bege). Nariz aquilino, boca pequena entreaberta, com lábios em tom vermelho e arcada dentária superior aparente, além de queixo duplo. Apresenta rosto envolto por véu curto branco, com panejamento movimentado. Traja túnica em tom acinzentado, de mangas compridas, ornada por motivos florais e barras em dourado, tendo cinto com laço dourado. Panejamento bem marcado com movimentação feita através da técnica do estofamento. Sobre a túnica, manto azul, de mangas esvoaçantes, com a parte interna em tom vermelho e barras douradas. Nossa Senhora se apresenta com os braços flexionados, tendo as mãos juntas e os dedos entrelaçados, em posição de oração, posicionadas próximas ao peito e ligeiramente à esquerda do corpo. Carnação em tom bege. Perna esquerda levemente flexionada. Escultura apoiada sobre base octogonal, pintada em marmorizado nos tons verde e amarelo. Sem pés aparentes.
Dados históricos
Sobre Nossa Senhora das Dores: Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor. No item Idem, leia-se Igreja do Rosário. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 22 e 45.





