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Número de registro
106
Denominação
Oratório de pousar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de São Francisco | Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | fundição | madeira | metal | policromia | tinta
Temas
Altura (cm)
72,5
Largura (cm)
43,5
Profundidade (cm)
29,2 e 26,0 (interna)
Resumo descritivo
Oratório de pousar, de médio porte, confeccionado em madeira (jacarandá mineiro) entalhada, policromada e dourada. Objeto com estrutura em caixa retangular, contendo molduras retangulares pintadas nas laterais em marmorizado no tom castanho, sobre fundo azul, cercadas por friso preto. Apresenta cimalha em curva nos tons bege, amarelo e azul. Peça com dupla abertura (frente e verso do objeto) feita cada uma por duas folhas de porta. Parte frontal das folhas dianteiras almofadadas pintadas em tom azul sobre fundo amarronzado. Cada folha encontra-se fixada por duas dobradiças em metal, tendo sistema de trava externo e interno em sistema de gancho de ferro. Parte interna de cada folha de porta dianteira em tom azul, cercada por friso vermelho, contendo peanha em tom vermelho claro, encimada por vaso em tom amarelo ornado por gomos, contendo buquê de flores nos tons vermelho, azul e amarelo, além de ramagens em tom verde escuro. (Cont. em OBSERVAÇÕES) Perfil de camarim composto por duas colunas arrematadas por arco pleno, ornadas por ramagens em série, no tom verde escuro, tendo laço vermelho na parte superior central do arco, além de tracejado em linhas vermelhas horizontais. Na parte interna do perfil de camarim, ornamentação em dourado composta por volutas seriadas. Parte interna do móvel com laterais e fundo ornados por rosinhas-de-malabar nos tons vermelho e azul com ramagens verdes (três rosas ao fundo e duas em cada lateral). Teto e piso da parte interna sem ornamentação. Abertura posterior do objeto em duas folhas de porta com sistema de tranca feito por tramelas de madeira. Peça apoiada sobre base escalonada em tom amarelo e azul. Documentação encontrada no dossiê: 1) Ficha cadastral do Ministério da Educação e Cultura, datilografada e assinada pelo informante e pelo dirigente do órgão, Antonio Eugenio Nascimento e João Brandão Costa (respectivamente), datada de 06/12/1970. 2) Ficha datilografada do MEC/IPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura, com foto preto-e-branca. 3) Ficha amarela de fichário, datilografada, com 2 fotos preto-e-brancas, que cita: “Um oratório de madeira, pintado com portas almofadadas com 73 x 41 proc. Da Igreja de S. Francisco”. 4) Ficha de Catalogação de Acervo Museológico, registrada por Tânia Bravo Leite (1989) e revisada pela museóloga do Museu da Inconfidência, Celina Santos Barboza, em 1989 (ficha datilografada). 5) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1991), com foto preto-e-branca. 6) 01 foto preto-e-branca. 7) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Museus Vinculados 13ª CR, datada de 19/12/1995.
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” – Peça fotografada para o referido catáologo.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 23.





