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Nossa Senhora
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Documento
Metadados
Miniatura
Título
Nossa Senhora do Rosário
Número de registro
210
Denominação
Nossa Senhora
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | escultura | folha de ouro | marfim | pintura | tinta
Temas
arte indo | índia portuguesa | portuguesa | religião | século xviii
Altura (cm)
24,4
Largura (cm)
8,8
Profundidade (cm)
7,7
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de médio porte e manufatura erudita, confeccionada em marfim policromado e dourado, representando Nossa Senhora do Rosário. Figura feminina, jovem, de pé, em posição frontal, de cabelos longos, estriados e partidos ao meio, em tom castanho escuro, com mechas caídas sobre os ombros e corte oval nas costas, tendo ondulamento na parte frontal sobre a testa curta. Apresenta rosto oval, orelhas parcialmente aparentes, sobrancelhas em tom castanho, olhos e cílios pintados em tom castanho claro, nariz aquilino, maçãs do rosto rosadas e boca pequena cerrada com lábios em tom vermelho. Traja túnica longa, em tom vermelho claro, cintada, de mangas compridas e gola arredondada, ornada com motivos fitomorfos dourados e pregas verticais bem marcadas. Túnica sobreposta por manto com a parte externa em tom verde escuro ornada por motivos fitomorfos dourados, e a parte interna em tom azul claro com motivos florais dourados. Tem seu braço direito estendido para baixo segurando na mão um rosário dourado com vinte e sete contas aparentes e uma cruz na extremidade. Com seu braço esquerdo flexionado segura o Menino Jesus, representado através de figura de criança, sentada, de cabelos estriados e dourados, tendo rosto oval, olhos pequenos, nariz arrebitado, maçãs do rosto rosadas e boca em tom vermelho. (Cont. em Observações).Traja túnica longa, de mangas compridas, cintada, com ornatos em motivos fitomorfos dourados. Pés calçados com sapatos escuros. Tem seu braço esquerdo flexionado segurando com a mão o globo terrestre, em tom azul, e seu braço direito flexionado e direcionado à frente com dois dedos estendidos para cima, em atitude de benção aos fiéis. Aos pés de Nossa Senhora, lua crescente em tom amarronzado. Ambos apresentam orifício no alto da cabeça para encaixe de coroas (inexistentes). Imagem apoiada sobre base octogonal escalonada com faces abauladas e pintura em escaiola, nos tons verde, bege e vermelho, com friso dourado. Documentação encontrada no dossiê: 1) Ficha datilografada do MEC/SPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura e sem foto. 2) 01 foto colorida. 3) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1991). 4) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Museus Vinculados 13ª CR, datada de 17/01/1996.
Dados históricos
Sobre Nossa Senhora do Rosário ou de Pompéia: “A devoção a Nossa Senhora do Rosário foi divulgada na Europa e na África pelos frades dominicanos e, no Brasil, pelos frades capuchinhos./ Em Minas Gerais, onde a invocação data dos primeiros tempos da colonização, ela foi adotada como orago de confrarias e irmandades, sobretudo as de negros, existindo em Ouro Preto, já na primeira metade do século XVIII, três sodalícios a ela dedicados,/ A Virgem é representada geralmente sobre um bloco de nuvens com querubinsm de pé ou sentada, trazendo o Menino Jesus. Eles seguram um rosário à mão direita./ Outras vezes, Nossa Senhora entrega o rosário a São Domingos./ Pode ainda ser representada entregando o rosário a São Domingos, e o Menino Jesus, a Santa Catarina de Siena. Em representações pictóricas, pode aparecer a Virgem entregando o rosário a São Domingos, e o Menino Jesus, a São Francisco.” (1) Sobre Imaginária do Oriente Português: “O marfim teve grande importância na chamada “imaginária do Oriente Português”, ou seja, nas imagens portuguesas produzidas no Industão – as indo-portuguesas -, na Ilha do Ceilão – as cingalo-portuguesas -, na China e no Japão. São peças esculpidas por artesãos nativos, a princípio copiando e recriando protótipos trazidos pelos padres das missões portuguesas desde o séc. XVI. As técnicas e os materiais eram locais, bem como certas tendências interpretativas a essa produção, Portugal tornou-se, no correr dos sécs. XVII e XVIII, um dos países mais ricos em imagens cristãs de marfim (...) As imagens luso-orientais encontradas no Brasil foram trazidas por colonizadores e evangelizadores que aqui chegaram e implantaram as práticas religiosas.” (2) Sobre o objeto (legenda e foto): “Ao lado: Nossa Senhora do Rosário, escultura em marfim policromada, indo-portuguesa. Século XVIII. N° Inventário 210. No início do século XIX tornou-se usual a remoção da pintura das imagens em marfim, devido à grande procura dessas peças. Assim, as imagens em marfim policromado são raras.” (3)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã. Ed. UFOP/ IPAC, Ouro Preto, 1993. Pág. 31. (2) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 241. (3) Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 28.