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184-2
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184-3
Número de registro
184
Denominação
Mesa de encostar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
entalhe | fundição | madeira | marcenaria | metal
Temas
Altura (cm)
83,6
Largura (cm)
57
Comprimento (cm)
99
Profundidade (cm)
44,7 (caixa)
Resumo descritivo
Mesa de encostar confeccionada em madeira (jacarandá). Apresenta tampo liso e saliente, de formato retangular, emoldurado por friso e com extremidades em ângulo reto, tendo estrutura inferior em moldura escalonada. Aba em caixa espessa, de formato retangular, com laterais em tábua lisa emolduradas por friso escalonado, tendo, na parte frontal, uma gaveta com espelho de fechadura em metal (bronze) ornado por guirlanda de flores. Caixa apoiada sobre tábua com friso simples. Peça sustentada sobre quatro pernas com joelheiras em curva, com a parte interna recortada em curva e pés retos. Apresenta travejamento unindo as quatro pernas, com recorte em curvas e contracurvas, estando as traves laterais em posição mais elevada. As traves frontal e posterior têm a parte central terminada em ponta.
Dados históricos
Sobre Mesa: “Peça de mobiliário feita de madeira ou outro material sólido e resistente, e que consta de um tampo horizontal repousando sobre suportes e situado normalmente até 80cm do chão. É móvel de apoio e destina-se, em princípio, a fins utilitários: refeições, escrita, trabalhos diversos, serviço, apoio, etc. A construção da mesa é simples (em comparação com outras obras de marcenaria) e, para firmeza da construção, recorre-se a vários processos como, p. ex., a caixa presa ao tampo, ou à colocação de travessas a certa altura para unir convenientemente os pés das mesas longas. (...) Mesa de encostar. Mesa cuja caixa tem três faces decoradas e é reta na parte de trás para ser posta de encontro à parede.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 245-246. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 54-55.





