Sobre Cerâmica: “No Brasil, a cerâmica pré-cabralina, doméstica ou ritual, era modelada pela mão das mulheres como, aliás, em todas as sociedades primitivas, com processos ingênuos e simples, sem a roda e sem ferramentas. Dava-se forma ao vaso fazendo cordas de massa que eram enroladas a partir de um fundo plano para depois se obter a largura e a altura desejadas, ou então, como em tantas outras culturas, moldava-se a tabatinga sobre cestos (na decoração da cerâmica aparecem motivos lineares que lembram o trançado das cestas). A peça, pintada antes da queima, ia ao forno que consistia num buraco aberto no chão. Nas regiões de Marajó e Santarém (Pará) foram encontrados vestígios de uma arte original relacionada com rituais religiosos e funerários. A prática da cerâmica sobrevive entre os indígenas de certas tribos como os Karajás.” (1)
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: "“263/ Dezoito/ Cachimbos de barro, pelos índios da região fabricados/ Idem/ 1.948". No Item Idem, leia-se Antonio Coimbra (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 84.
