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Número de registro
112
Denominação
Oratório de pousar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Temas
brasil | minas gerais | religião | século xix
Altura (cm)
81,7
Largura (cm)
49
Profundidade (cm)
26,5 e 21,6 (interna)
Resumo descritivo
Oratório de pousar, de médio porte, confeccionado em madeira entalhada e policromada. Móvel com estrutura em caixa retangular, contendo frontão em arco ornado por frisos e com medalhão em semicírculo disposto na parte central. Apresenta abertura frontal em duas folhas de porta fixadas à estrutura por quatro dobradiças de ferro (dispostas duas de cada lado), ornadas por quadros com fundo escuro emoldurados por friso amarelo, tendo, ao centro, grande flor branca com botão amarelo e ramagens verdes. Sistema de tranca em gancho de ferro disposto na parte central. Parte interna das folhas de porta com padronagem decorativa semelhante à parte externa das mesmas. Perfil de camarim em tom azul, composto por pilastras laterais arrematadas por arco pleno, decorado na parte interna por motivos fitomorfos seriados (cada um com três folhas) e cercados por friso amarelo. Fundo e laterais da parte interna do objeto em tom esverdeado, ornados por rosinhas-de-malabar nos tons vermelho, marrom e branco, com ramagens em tom verde escuro e branco. Piso em madeira lisa. Peça apoiada sobre base escalonada em tom amarelo.
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 23.





