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Número de registro
183
Denominação
Mesa de encostar
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
Temas
Altura (cm)
83
Largura (cm)
73,7
Comprimento (cm)
132,5
Profundidade (cm)
54,5 (caixa)
Resumo descritivo
Mesa de encostar, identificada como “mesa holandesa”, de manufatura rústica e típica da região de Minas Gerais, confeccionada em madeira (jacarandá mineiro). Apresenta tampo liso e saliente, de formato retangular, emoldurado por friso delgado, e com extremidades em ângulo reto. Caixa retangular apoiada sobre fundo composto por duas tábuas de madeira, tendo as laterais lisas e ladeadas por estruturas em friso verticalizado. Na parte frontal, duas gavetas entremeadas por três frisos verticais, sem espelho de fechadura, emolduradas por frisos. Peça sustentada por quatro pernas retilíneas, de secção octogonal, tendo corte quadrangular mais espesso na parte superior de cada perna. Apresenta travejamento interligando as quatro pernas e pés de cavalete.
Dados históricos
Sobre Mesa de Encostar: “Peça de mobiliário feita de madeira ou outro material sólido e resistente, e que consta de um tampo horizontal repousando sobre suportes e situado normalmente até 80cm do chão. É móvel de apoio e destina-se, em princípio, a fins utilitários: refeições, escrita, trabalhos diversos, serviço, apoio, etc. A construção da mesa é simples (em comparação com outras obras de marcenaria) e, para firmeza da construção, recorre-se a vários processos como, p. ex., a caixa presa ao tampo, ou à colocação de travessas a certa altura para unir convenientemente os pés das mesas longas. (...) Mesa de encostar. Mesa cuja caixa tem três faces decoradas e é reta na parte de trás para ser posta de encontro à parede.” (1) Sobre Mesa Holandesa: “(...) Mesa holandesa. Designação dada no Brasil a um tipo de mesa que era corrente na Europa seiscentista com tampo saliente e sólidos pés de cavalete; era conhecida em Portugal com mesa espanhola, possivelmente devido aos vínculos políticos entre a Espanha e os Países Baixos. Adaptada à colônia, essa mesa, de caráter rústico, com tampo saliente ou não e pés de cavalete, com ou sem gavetas, e dimensões diversas, foi usada como mesa de centro ou mesa de encostar (nela às vezes se apoiava um oratório).” Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (3)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 245-246. (2) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 246. (3) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 54-55.





