Dados históricos
Sobre Mesa: “Peça de mobiliário feita de madeira ou outro material sólido e resistente, e que consta de um tampo horizontal repousando sobre suportes e situado normalmente até 80cm do chão. É móvel de apoio e destina-se, em princípio, a fins utilitários: refeições, escrita, trabalhos diversos, serviço, apoio, etc. A construção da mesa é simples (em comparação com outras obras de marcenaria) e, para firmeza da construção, recorre-se a vários processos como, p. ex., a caixa presa ao tampo, ou à colocação de travessas a certa altura para unir convenientemente os pés das mesas longas. (...) Mesa de encostar. Mesa cuja caixa tem três faces decoradas e é reta na parte de trás para ser posta de encontro à parede.” (1) Sobre Mesa Holandesa: “(...) Mesa holandesa. Designação dada no Brasil a um tipo de mesa que era corrente na Europa seiscentista com tampo saliente e sólidos pés de cavalete; era conhecida em Portugal com mesa espanhola, possivelmente devido aos vínculos políticos entre a Espanha e os Países Baixos. Adaptada à colônia, essa mesa, de caráter rústico, com tampo saliente ou não e pés de cavalete, com ou sem gavetas, e dimensões diversas, foi usada como mesa de centro ou mesa de encostar (nela às vezes se apoiava um oratório).” (2) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (3)