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154-2
Número de registro
154
Denominação
Crucifixo
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de Cabonita | Barreiras
Autor
Temas
Altura (cm)
35
Largura (cm)
19,5
Resumo descritivo
Crucifixo, de médio porte, confeccionado em madeira e metal. Apresenta estrutura em cruz de madeira ornada por gomos (semelhante a tronco de árvore) arrematados por estrutura circular em metal (cobre). Extremidade inferior e hastes terminadas em anel com estrangulamento e disco em metal. Na parte central da cruz, Cristo Crucificado em metal dourado (bronze), de corpo esguio trajando perizônio e com braços presos à cruz através de cravos. Na parte superior da cruz, a inscrição “INRI” ladeada por pedras vermelhas e cercada por emolduramento em semicírculos. Cristo sem resplendor.
Marcas/Inscrições
Na parte superior da cruz: “INRI”
Dados históricos
Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “168/ Uma Cruz/ De madeira, em forma de tronco, medindo 0,32m x 0,18m/ Idem/ 1.950". No item Idem, leia-se Diretoria Geral. (1) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 22 e 45.





