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823-2
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823-3
Número de registro
823
Denominação
Mesa de centro
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
Temas
Altura (cm)
85,2
Largura (cm)
44
Comprimento (cm)
44
Diâmetro (cm)
69
Resumo descritivo
Mesa de centro confeccionada em madeira (jacarandá). Apresenta tampo circular espesso e liso. Peça sustentada por balaústre com estrangulamento na parte central, ornada por discos, anéis e frisos simples, apoiado sobre estrutura quadrangular com extremidades abauladas, de onde sobressaem quatro pés recortados em curva.
Dados históricos
Sobre Mesa de Centro: “Peça de mobiliário feita de madeira ou outro material sólido e resistente, e que consta de um tampo horizontal repousando sobre suportes e situado normalmente até 80cm do chão. É móvel de apoio e destina-se, em princípio, a fins utilitários: refeições, escrita, trabalhos diversos, serviço, apoio, etc. A construção da mesa é simples (em comparação com outras obras de marcenaria) e, para firmeza da construção, recorre-se a vários processos como, p. ex., a caixa presa ao tampo, ou à colocação de travessas a certa altura para unir convenientemente os pés das mesas longas. (...) Mesa de centro. Mesa grande, retangular e sólida que, a partir do fim da Idade Média, ocupava o centro das grandes salas e dos halls dos palácios.// No séc. XIX, mesa redonda ou oval, com balaústre central ou pés trabalhados, usada nos salões; obedecia ao estilo dos sofás e cadeiras.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 245-246. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág.55.





