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822-2
Número de registro
822
Denominação
Mesa de centro
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
Temas
Altura (cm)
87
Largura (cm)
95,3
Comprimento (cm)
176
Resumo descritivo
Mesa de centro confeccionada em madeira (jacarandá), com influência do estilo neo-renascentista. Apresenta tampo retangular, saliente e liso, emoldurado por friso espesso em madeira mais escura. Caixa retangular com laterais compostas por duas estruturas almofadadas (disposta uma de cada lado) ladeadas por dois frisos verticais. Parte posterior composta por duas estruturas retangulares almofadadas entremeadas por três frisos verticalizados. Na parte frontal, duas gavetas também entremeadas por três frisos verticalizados. Caixa apoiada sobre três tábuas de madeira. Peça sustentada por quatro pernas ornadas por bolachas e discos, entremeadas por estrangulamento quadrangular, de onde sobressaem os quatro pés escalonados e arrematados por bolacha. Apresenta travejamento interligando as pernas, em madeira torneada contendo os mesmos motivos decorativos em bolachas e discos.
Marcas/Inscrições
MARCAS /INSCRIÇÕES / LEGENDAS
Dados históricos
Sobre Mesa de Centro: “Peça de mobiliário feita de madeira ou outro material sólido e resistente, e que consta de um tampo horizontal repousando sobre suportes e situado normalmente até 80cm do chão. É móvel de apoio e destina-se, em princípio, a fins utilitários: refeições, escrita, trabalhos diversos, serviço, apoio, etc. A construção da mesa é simples (em comparação com outras obras de marcenaria) e, para firmeza da construção, recorre-se a vários processos como, p. ex., a caixa presa ao tampo, ou à colocação de travessas a certa altura para unir convenientemente os pés das mesas longas. (...) Mesa de centro. Mesa grande, retangular e sólida que, a partir do fim da Idade Média, ocupava o centro das grandes salas e dos halls dos palácios.// No séc. XIX, mesa redonda ou oval, com balaústre central ou pés trabalhados, usada nos salões; obedecia ao estilo dos sofás e cadeiras.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 245-246. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág.55.





