-
180-2
Número de registro
180
Denominação
Cômoda
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
Temas
brasil | minas gerais | mobiliário | século xix | usos de costumes
Altura (cm)
124
Largura (cm)
124
Profundidade (cm)
63,2 e 55,0 (interna)
Resumo descritivo
Cômoda confeccionada em madeira (jacarandá), em estrutura de caixa retangular alta, com tampo liso e aba ligeiramente saliente ornada por friso escalonado. Móvel composto por duas gavetas e três gavetões com puxadores circulares em madeira torneada, tendo cada gaveta, um puxador central, e cada gavetão, dois puxadores. Laterais e parte posterior do objeto em tábuas lisas. Parte inferior do móvel com friso escalonado. Peça apoiada sobre quatro pés com a parte interna recortada em curvas.
Dados históricos
Sobre Cômoda: “Em Portugal, a cômoda aparece como “móvel de guarda” no séc. XVII, mas só no séc. XVIII chega ao Brasil e apresenta-se de diversas formas...Com o estilo D. José I as cômodas inteiras têm duas gavetas no alto e três gavetões, não raro de altura decrescente de baixo para cima; algumas tem colunas laterais esculpidas e pés baixos e largos com volutas (pés de peanha)...Na fabricação de móveis oitocentistas no Brasil, os estilos adotados não escapam às influências européias quase com ênfase numa relativa sobriedade que decorre das aplicações práticas do móvel.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 95. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 55.





