Número de registro
252
Denominação
Travessa
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Rio de Janeiro (Importação) | Diamantina | Minas Gerais | Aquisição
Temas
Altura (cm)
4
Largura (cm)
29,5
Comprimento (cm)
39,5
Resumo descritivo
Travessa, de grandes dimensões, confeccionada em porcelana branca, de formato octogonal, com ornamentação em tom azul cobalto. Apresenta, no campo central, cena orientalizada, tendo, à esquerda, dois pagodes e vegetação típica da região. À direita, pagode com escadaria, cerca e lago, cercados por motivos florais. Cena representada sobre fundo branco, circundada por moldura composta por série de ornatos em cruz ladeados por frisos. Na borda da travessa, oito desenhos dispostos alternadamente, quatro deles com ramagens de flores e os outros quatro com cenas repetidas compostas por pagode, árvores, ponte, lago e pedras. Na extremidade da borda, friso composto por volutas e motivos fitomorfos. Fundo liso branco, com a seguinte inscrição na borda, em tom azul: “HONG”, circundada por moldura em volutas, encimada pela marca “B&M” e tendo, na parte inferior, “IRONSTONE”.
Marcas/Inscrições
Fundo com a inscrição na borda, em tom azul: “HONG”, encimada pela marca “B&M” . Na parte inferior: “IRONSTONE”
Dados históricos
Sobre Louça Inglesa: “ (...) Durante o primeiro e o segundo reinados, o Brasil importou fartamente essas louças, em especial as azul-e-branco, as chamadas louças de pombinhos e as de borrão. Eram peças comuns, de uso diário, friáveis, muitas decoradas com decalcomania; destinavam-se às cidades e ao consumo rural. Os serviços de chá e café, vasilhame de copa e cozinha, serviços de lavatório, etc., se não apresentavam as qualidades da porcelana fina, em compensação tinham preços mais acessíveis.” (1) Sobre Porcelana e Faiança: “O Arraial do Tijuco, na primeira metade do século XIX, já tinha uma concentração significativa da população na cidade, o que favoreceu e ampliou as possibilidades comerciais. As lojas vendiam diversos objetos refinados, conforme a influência da etiqueta francesa e a moda na Corte, onde se realçavam as pratas, os vidros e as louças de porcelana. O requinte dos objetos vendidos no Tijuco foi observado por Saint- Hilaire (1974, p.29-30) da seguinte maneira:/ “As lojas dessa aldeia são providas de toda a sorte de panos; nelas se encontram também chapéus, comestíveis, quinquilharias, louças, vidros e mesmo grande quantidade de artigos de luxo (...). Essas mercadorias são quase todas de fabricação inglesa e são vendidas em geral por preços muito módicos, tendo-se em vista a distância e a dificuldade de transportes.”/ A louça inglesa foi largamente importada para o Brasil no começo do século passado. A sua maior curiosidade é a decoração, sempre com um toque oriental. Estas peças, de faiança, do Museu do Diamante, têm decoração toda azul com motivos orientais de cenas chinesas, com seus pagodes característicos.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 227. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 56-57.





