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Relógio-Armário
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Documento
Metadados
Número de registro
148
Denominação
Relógio-Armário
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Minas Gerais
Temas
Altura (cm)
228
Largura (cm)
24,5
Comprimento (cm)
45,3
Profundidade (cm)
20,5
Peso (kg)
8,0 kg
Resumo descritivo
Relógio-armário, de grandes dimensões, confeccionado em madeira escura (jacarandá) entalhada, porcelana, esmalte, metal dourado, ferro e vidro. Peça também conhecida como “armário de pé”, seccionada em três partes, tendo caixa superior em formato retangular arrematada por florão estilizado composto por volutas contrapostas, apoiado sobre moldura abaulada e escalonada. Parte frontal da caixa do relógio com fechamento em portinhola de vidro cercada por friso de madeira. Nas laterais, portinholas com a parte superior abaulada (dispostas uma de cada lado), fechamento em tramela e fixadas por dobradiças de metal. Parte central do objeto em porcelana branca com ponteiros em bronze dourado e números (em algarismos romanos) correspondentes às horas em esmalte preto. Na parte superior do relógio, cena idílica em bronze dourado esculpido em relevo, tendo, à esquerda, figura masculina tocando instrumento de corda (espécie de “bandolim”), com trajes civis e rosto voltado à mulher que se encontra à direita da cena. (Cont. em observações).“À direita, figura feminina, trajando vestido longo e apoiando o rosto sobre sua mão direita, direciona o olhar para o rapaz com ares de admiração. Ao centro do casal, volutas e conchas, bem ao gosto do estilo rococó. Parte central do relógio orna-da por quatro conchas douradas, dispostas uma em cada extremidade, além de motivos florais e emolduramento em círculo com tor-sado e pequenos escudos dispostos de forma seqüencial. Parte central da peça composta por caixote retangular verticalizado, tendo portinhola em formato octogonal, com fechadura cercada por friso incavo em metal, fixada por duas dobradiças. Na parte interna da peça, dois pesos ovalados em ferro e pêndulo composto por longa haste de metal arrematado por estrutura circular. Parte inferior do relógio em caixote retangular com frisos incavos, de formato octogonal, apoiado sobre base recortada. A peça apresenta chave em metal (ferro) para dar corda na parte frontal do relógio (onde destacam-se dois orifícios quadrangulares para encaixe da referida chave). Chave composta por haste longilínea, extremidade superior ovalada e extremidade inferior de formato quadrangular. O relógio encontra-se atualmente em funcionamento, tocando de uma em uma hora (com o número de toques correspondentes às respectivas horas), além de dar um toque a cada meia hora. Medidas da chave em ferro (para dar corda no relógio): C=18,0 cm; L=6,4 cm. Documentação encontrada no dossiê: Ficha cadastral do Ministério da Educação e Cultura, datilografada e assinada pelo informante e pelo dirigente do órgão, Antonio Eugenio Nascimen- to e João Brandão Costa (respectivamente), datada de 06/12/1970. 2) Ficha datilografada do MEC/IPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura. 3) Foto em preto-e-branco (12 x 8 cm) e em pequenas dimensões colada na ficha citada acima. 4) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1990), com pe- quena foto preto-e-branca 5) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Mu- seus Vinculados 13ª CR, datada de 21/12/1995.
Dados históricos
Sobre Relógio: “Designação comum a qualquer instrumento destinado a medir tempo, a marcar e indicar as horas (...) No Barroco e no Rococó, a relojoaria européia é fecunda em invenções técnicas, o que acarreta novos tipos de relógio; com maior regularidade de movimentos podem ser utilizados ponteiros de minutos. Em 1658 o holandês Huyghen constrói um relógio de pêndulo e a invenção se expande rapidamente. (...) Surgem os relógios de pé, com caixas altas e nos quais o pêndulo pode ser visto através de porta envidraçada (este relógio, de origem holandesa, é chamado na Inglaterra longcase clock ou grandfather clock.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Listagem de peças adquiridas pelo Museu do Diamante (de 1954 a 1957) - lista datilografada em tinta vermelha - “...Além dêsses materiais e peças, o Museu do Diamante recebeu oferta de mais os seguintes: Tôdas as peças de um pequeno Museu particular que pertenceu ao Snr. Vicente Tôrres, oferecidas pela Família do extinto, com a condição de se dar à sala onde ficarem expostos a denominação de ‘SALA VICENTE TÔRRES’.” (documento datado de 31 de agôsto de 1957, assinado pelo Monsenhor José Pedro Costa, Diretor do Museu do Diamante à época). O objeto pertenceu à família de Antônio Torres, conforme declaração verbal de sua sobrinha-neta, Virginia Torres, em 2005. (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág.. 323.