Número de registro
144
Denominação
Baú de viagem
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Temas
Altura (cm)
41,2
Largura (cm)
66,2
Profundidade (cm)
33
Resumo descritivo
Baú [de viagem], em caixa de madeira forrada de couro, de formato retangular, com tampo levemente abaulado, ornado por tachas de metal dourado (latão), contendo fechadura em ferro. Peça contornada, na parte frontal, por tacheado com ornamentação composta por dezesseis motivos florais, e espelho de fechadura com extremidades em semicírculo, com a parte superior abaulada e a parte inferior terminada em ponta. Logo abaixo, estrutura de ferro em formato triangular para encaixe de alça de couro (inexistente). Tampo com emolduramento tacheado, prolongamentos em três hastes e ornamentação de motivos florais. Abas emolduradas por tacheado. Laterais do objeto com alças em ferro sobre espelho horizontal em formato de “8”, além de dobradiças e duas estruturas cilíndricas em ferro, dispostas uma de cada lado (possivelmente para encaixe de vela). Cada lateral é ornada por quatro motivos florais dispostos simetricamente (dois a dois) e emolduramento em tachas, além de apresentar duas alças em tiras de couro (uma de cada lado) com decoração em motivos geometrizados. Parte posterior em couro liso. Estrutura interna em madeira. Da parte frontal do tampo sobressai fechadura longilínea em ferro, recortada em curva.
Dados históricos
Sobre Baú: “Caixa de base retangular, com tampa convexa ou plana, feita de madeira recoberta em geral de couro tacheado, e usada, desde fins da Idade Média, para guardar ou transportar roupas, alfaias, etc. [Cf. arca]. Em Portugal, baús de couro pintado com fechaduras de metal amarelo e tachas, de influência hispano-árabe, apareceram por volta do séc. XV. O baú deve ter chegado ao Brasil com os primeiros colonizadores e foi usado, no interior, como mala. No período colonial, entre os móveis rústicos aqui executados há referência a canastras encouradas” e a baús de “couro de moscóvia”, e alguns conservavam o pêlo do animal: eram o baú de noiva, baú de viagem, baú de tropeiro. Modelos semelhantes foram repetidos em Minas e outras regiões, e neles as tachas formam diversos desenhos (corações, flores, etc) ou trazem iniciais e datas.” (1)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “172/ Três Malas/ Em couro, com pregaria, sendo uma de 0,86m x 0,55m x 0,16m e duas 0,66m x 0,34m x 0,41m/ Idem/ 1.951". No item Idem, leia-se Gabriel Amarante. (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 50.





