Documento
Anexos
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142-2
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142-3
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142-4
Metadados
Título
[Profecia Sibilítica]
Número de registro
142
Denominação
Pintura religiosa
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | [Igreja das Mercês]
Material/Técnica
costura | policromia | tecido | tinta
Temas
Altura (cm)
252,5
Largura (cm)
109
Resumo descritivo
Pintura religiosa, composta por tecido (linho) costurado em quatro retângulos horizontais, com representação de cena religiosa, pintada em posição vertical, nos tons vermelho, amarelo, azul, branco, preto, verde escuro e cinza. Em primeiro plano, destacam-se cinco figuras humanas ajoelhadas sobre a relva. À esquerda da cena, figura masculina, jovem, representando Santo Antônio, com olhar e cabeça voltados para baixo, tendo cabelos pretos em tonsura, trajando hábito franciscano fechado à frente através de botões (sete deles aparentes) e mãos em posição de oração. Ao lado de Santo Antônio, outra figura masculina, eclesiástica, idosa, com barba grisalha e espessa, tem o olhar direcionado para cima e usa mitra amarela encimada por cruz latina. (Cont. em Observações).Ao centro, figura masculina, de meia-idade, de perfil, com cabelos, sobrancelhas e barba em tom preto, usa mitra amarela arrematada por cruz latina e direciona o olhar para o alto. Traja túnica larga sobreposta por sobrepeliz e capa em tom azul, além de sapatos pretos. Mãos em posição de oração. Ao seu lado, figura feminina, jovem, possui cabelos pretos, partidos ao meio, sob véu curto, tendo a cabeça inclinada e o olhar voltado para baixo. Traja indumentária religiosa e tem as mãos em posição de oração. Atrás da figura feminina, outro eclesiástico é representado idoso, de cabelos pretos compridos e barba branca espessa, direcionando o olhar para cima, com a cabeça ornada por mitra amarela arrematada por cruz latina, em tom vermelho. Ao centro, representação de relva em tom verde escuro. Em segundo plano, à direita, representação de metade do sol, em tom amarelo, de onde sobressaem raios, em tom vermelho, tendo, à esquerda da cena, anjo desnudo, parcialmente de perfil, tendo cabelos pretos curtos e partidos ao meio, com asas nos tons azul e verde e olhar direcionado à frente. Apresenta seu braço direito flexionado e posicionado na altura da barriga, e seu braço esquerdo estendido lateralmente. Sua perna esquerda encontra-se posicionada um pouco mais atrás. Anjo envolto por nuvens em tom acinzentado e céu azul. Na parte superior da peça, tubo de madeira e aros de metal, presos a cordão para prender em espécie de estandarte. A ficha catalográfica anterior faz referência ao título da peça como “sibila”, mas não há nenhuma pesquisa específica a respeito, apenas o significa- do “Sibila= mulher a quem se atribuía o dom da profecia e o conhecimento do futuro (Enciclopédia Portuguesa e Brasileira).”. Uma pesquisa mais aprofundada pode levar à conclusão que a pintura caracterizaria um aspecto comum em algumas igrejas do antigo Arraial do Tijuco – a colocação dos “painéis sibilíticos”, utilizados nos retábulos durante o período da Semana Santa, conforme pode ser comprovado no livro de Aires Mata Machado sobre o arraial que cita “umas sibilas pintadas em pano para cobrir o altar no tempo da Quaresma”, existentes até meados da década de 90 do século XX, na Igreja das Mercês de Diamantina (MG). A pintura pode caracterizar apenas a profecia de uma das Sibilas (Pérsica; Eritréia; Délfica; Líbica; Sâmia; Agripa; Tiburtina; Helespôntica; Frigia, Cuméia e Européia) – pesquisar nos arquivos da Igreja das Mercês de Diamantina e no Inventário de Bens Móveis, no Escritório Técnico do IPHAN. Documentação encontrada no dossiê: 1) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1990). 2) Ficha do IPHAN/ 13ª Coordenação Regional, assinada por Ronney Leite Brito, referente à Análise do Estado de Conservação do Acervo/ Museus Vinculados 13ª CR, datada de 21/12/1995.
Dados históricos
Sobre as Sibilas: “...geralmente invocadas para revelar passagens da vida de Cristo, como seu nascimento, paixão, morte e ressurreição. Essa tradição remonta à Idade Média, onde eram representados autos relativos ao Nascimento e Paixão de Cristo. Nesses autos, denominados mistérios, as Sibilas, às vezes acompanhadas de algum profeta, eram conclamadas a darem seus testemunhos.” (1) Sobre levantamento feito na Igreja das Mercês, com relação a este tipo de painel sibilítico: “Igreja/ Nossa Senhora das Mercês (pintura sobre tecido - 5,0 x 4,0 m)/ Ciméria/ Européia/ .../ As únicas pinturas documentadas; foram realizadas entre 1799 e 1800, por Caetano Luiz de Miranda.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) ALVES, Célio Macedo. O Ciclo Pictural das Sibilas de Diamantina. In: Imagem Brasileira. Centro de Estudos da Imaginária Brasileira. Ed. UFMG, 2006. Págs. 155-156. (2) (1) ALVES, Célio Macedo. O Ciclo Pictural das Sibilas de Diamantina. In: Imagem Brasileira. Centro de Estudos da Imaginária Brasileira. Ed. UFMG, 2006. Pág. 160. Inventário dos Bens Móveis (texto manuscrito – no verso do referido inventário) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período correspondente a 1953: “2 dalmáticas...1 pano pintado para...altar com dois anjos, ...tudo recolhido da Igreja das Mercês.”