-
630-2
-
630-3
Número de registro
630
Denominação
Preguiçeiro
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
entrançado | jacarandá | madeira | marcenaria | palhinha
Temas
brasil | minas gerais | mobiliário | século xix | usos de costumes
Altura (cm)
83,7
Largura (cm)
64,4
Comprimento (cm)
201
Resumo descritivo
Preguiçeiro confeccionado em madeira (jacarandá) e palhinha, de uso diurno, em estilo eclético, contendo cabeceira e peseira. Objeto de estrutura longilínea, composto por assento em palhinha, este sustentado na parte central por trave em madeira, disposta perpendicularmente. Apresenta cabeceira em posição mais elevada, composta por duas hastes laterais em leve curvatura (voltadas para dentro), transpassadas por duas tábuas de madeira, sendo a superior mais larga. Parte superior da cabeceira arrematada por haste cilíndrica e delgada. Peseira composta por duas pequenas hastes laterais, em curva, transpassada, ao centro, por haste cilíndrica delgada. Peça apoiada sobre quatro pernas de estrutura retilínea e secção quadrangular, tendo os pés ligeiramente voltados para fora.
Dados históricos
Sobre Preguiçeiro: “Cama para repouso diurno com cabeceira inclinada e sem resguardo para os pés. No mobiliário luso-brasileiro do séc. XVIII, tem aplicação semelhante à da camilha, só que, enquanto o estrado desta é, em geral, de palhinha ou acolchoado, o do preguiceiro é de couro.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 314. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 55.





