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Número de registro
264
Denominação
Fruteira
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Temas
Altura (cm)
8,5
Diâmetro (cm)
30
Resumo descritivo
Fruteira confeccionada em porcelana branca, com ornamentação em tinta azul. Apresenta aba circular e base. No campo central, cena orientalizada, tendo em primeiro plano, à esquerda, pagode e coqueiro e, ao centro, figura feminina sentada segurando sombrinha e observando uma serviçal que pousa um copo sobre mesinha circular. À direita da cena, escadaria e ânfora com flores. Na parte inferior esquerda, volutas e flores. Em segundo plano, lago com águas calmas e dois pagodes ladeados por vegetação. Friso interno da borda com ornamentação geométrica e cinco cenas de paisagens compostas por pagode, vegetação e flores, circundadas por volutas. Laterais do objeto com volutas em relevo. Friso na parte central composto por campos brancos circundados por volutas e motivos fitomorfos estilizados. Na base, a mesma padronagem de ornamentação. No fundo, a marca do fabricante em tom azul: “J. MEIR & SON”. Na parte central, a inscrição: “KYBER” e na parte inferior do emblema: “IRONSTONE”. Emblema circular encimado por coroa e ladeado por motivos fitomorfos.
Dados históricos
Sobre Louça Inglesa: “(...) Durante o primeiro e o segundo reinados, o Brasil importou fartamente essas louças, em especial as azul-e-branco, as chamadas louças de pombinhos e as de borrão. Eram peças comuns, de uso diário, friáveis, muitas decoradas com decalcomania; destinavam-se às cidades e ao consumo rural. Os serviços de chá e café, vasilhame de copa e cozinha, serviços de lavatório, etc., se não apresentavam as qualidades da porcelana fina, em compensação tinham preços mais acessíveis.” (1) Sobre Decalcomania: “Processo mediante o qual as figuras impressas num papel em geral umedecido, são transpostas para superfície lisa de outro papel, de porcelana, de cerâmica, de madeira, etc. e calcadas de modo que, ao retirar-se, permaneça o desenho estampado. O método foi adotado com sucesso na decoração da porcelana e da faiança a partir de fins do séc. XVIII, aplicado em cores de baixo esmalte. O decalcomania azul, com desenhos orientalizantes, paisagens, cenas de caça, etc., foi adotado inicialmente por Spode (Inglaterra) e, nos oitocentos, tornou-se muito popular em louças produzidas em grande escala. Usa-se a decalcomania em frisos ou em motivos centrais na decoração de porcelana fina com acabamentos e detalhes feitos a pincel. Esse processo pode ser facilmente discernido da verdadeira pintura à mão.” (2) Sobre Porcelana e Faiança: “O Arraial do Tijuco, na primeira metade do século XIX, já tinha uma concentração significativa da população na cidade, o que favoreceu e ampliou as possibilidades comerciais. As lojas vendiam diversos objetos refinados, conforme a influência da etiqueta francesa e a moda na Corte, onde se realçavam as pratas, os vidros e as louças de porcelana. O requinte dos objetos vendidos no Tijuco foi observado por Saint- Hilaire (1974, p.29-30) da seguinte maneira:/ “As lojas dessa aldeia são providas de toda a sorte de panos; nelas se encontram também chapéus, comestíveis, quinquilharias, louças, vidros e mesmo grande quantidade de artigos de luxo (...). Essas mercadorias são quase todas de fabricação inglesa e são vendidas em geral por preços muito módicos, tendo-se em vista a distância e a dificuldade de transportes.”/ A louça inglesa foi largamente importada para o Brasil no começo do século passado. A sua maior curiosidade é a decoração, sempre com um toque oriental. Estas peças, de faiança, do Museu do Diamante, têm decoração toda azul com motivos orientais de cenas chinesas, com seus pagodes característicos.” (3)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 227. (2) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 111. (3) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 56-57.





