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91-2
Número de registro
91
Denominação
Cômoda
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
fundição | jacarandá | madeira | marcenaria | metal
Temas
brasil | minas gerais | mobiliário | século xix | usos de costumes
Altura (cm)
144,5
Largura (cm)
134
Profundidade (cm)
73
Resumo descritivo
Cômoda inteira confeccionada em madeira (jacarandá), de estrutura alta, composta por tampo liso e aba ligeiramente saliente com friso em meia-cana. Apresenta estruturas laterais e posterior, cada qual com duas tábuas inteiriças e lisas. Na parte frontal do objeto, duas gavetas, dispostas na parte superior, e quatro gavetões, todos com estruturas de madeira retangulares tendo as extremidades arrematadas por arco, contendo espelho de fechadura circular ornado por friso perlado cercado por folhas (sem chave). Nos emolduramentos retangulares das seis gavetas, estruturas em metal dispostas ao centro, com pinos para encaixe de puxadores (estes inexistentes), ornados por medalhões circulares ladeados por volutas e motivos fitomorfos. Nas laterais do móvel, duas ripas de madeira coladas em cada tábua.
Dados históricos
Sobre Cômoda: “Em Portugal, a cômoda aparece como “móvel de guarda” no séc. XVII, mas só no séc. XVIII chega ao Brasil e apresenta-se de diversas formas...Com o estilo D. José I as cômodas inteiras têm duas gavetas no alto e três gavetões, não raro de altura decrescente de baixo para cima; algumas tem colunas laterais esculpidas e pés baixos e largos com volutas (pés de peanha)...Na fabricação de móveis oitocentistas no Brasil, os estilos adotados não escapam às influências européias quase com ênfase numa relativa sobriedade que decorre das aplicações práticas do móvel.” (1) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 95. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 55.





