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259-2
Número de registro
259
Denominação
Xícara de café
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Temas
Altura (cm)
5,5
Diâmetro (cm)
6,8 (boca)
Resumo descritivo
Xícara de café [com pires], de pequenas dimensões, confeccionada em porcelana branca com ornamentação em tom azul cobalto. Apresenta corpo plurifacetado, contendo onze faces, borda com friso simples, alça recortada em curva e arrematada por voluta, e base circular. Ornamentação externa da xícara em “chinoïserie”, composta por duas cenas com árvores típicas da região, pagode, lago, ponte e motivos florais. Na barra superior da parte interna, volutas e motivos florais intercalados por faixa branca, tendo, ao fundo da xícara, ramo de flores. Fundo liso, sem marca do fabricante. Apresenta pires fundo, ornado à esquerda da superfície por pagodes e, à direita, por motivos florais. Na barra do pires, faixa com flores e volutas. Fundo do pires branco, com manchas azuladas, tendo, ao centro, rosácea (incava). Sem marca.
Dados históricos
Sobre Louça Inglesa: “ (...) Durante o primeiro e o segundo reinados, o Brasil importou fartamente essas louças, em especial as azul-e-branco, as chamadas louças de pombinhos e as de borrão. Eram peças comuns, de uso diário, friáveis, muitas decoradas com decalcomania; destinavam-se às cidades e ao consumo rural. Os serviços de chá e café, vasilhame de copa e cozinha, serviços de lavatório, etc., se não apresentavam as qualidades da porcelana fina, em compensação tinham preços mais acessíveis.” (1) Sobre Porcelana e Faiança: “O Arraial do Tijuco, na primeira metade do século XIX, já tinha uma concentração significativa da população na cidade, o que favoreceu e ampliou as possibilidades comerciais. As lojas vendiam diversos objetos refinados, conforme a influência da etiqueta francesa e a moda na Corte, onde se realçavam as pratas, os vidros e as louças de porcelana. O requinte dos objetos vendidos no Tijuco foi observado por Saint- Hilaire (1974, p.29-30) da seguinte maneira:/ “As lojas dessa aldeia são providas de toda a sorte de panos; nelas se encontram também chapéus, comestíveis, quinquilharias, louças, vidros e mesmo grande quantidade de artigos de luxo (...). Essas mercadorias são quase todas de fabricação inglesa e são vendidas em geral por preços muito módicos, tendo-se em vista a distância e a dificuldade de transportes.”/ A louça inglesa foi largamente importada para o Brasil no começo do século passado. A sua maior curiosidade é a decoração, sempre com um toque oriental. Estas peças, de faiança, do Museu do Diamante, têm decoração toda azul com motivos orientais de cenas chinesas, com seus pagodes característicos.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “239/ Três Chicaras/ Com pires de louça azul, marca Andy, Davenport - Cyprus/ Idem/ 1.948". No Item Idem, leia-se Antonio Coimbra. (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 227. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 56-57.





