Sobre Salva: “Do esp. salva, do verbo salvar: segundo a tradição, para proteção dos poderosos, ao se iniciarem as refeições, amostras de comida e de bebida eram trazidas em pratos redondos para serem provadas por alguém e “salvar” assim as pessoas gradas de possíveis envenenamentos... Bandeja circular originalmente sem galeria feita em geral de prata e, em princípio, destinada a servir alimentos e levar copos com bebidas. De diferentes tamanhos, a salva tem muitas utilidades no serviço doméstico; aparece sem cessar na movimentação das casas setecentistas e oitocentistas. É elemento ligado à etiqueta e à cerimônia, que marca distância entre os senhores e os serviçais; numa salva apresenta um copo, uma carta, um cartão de visita, pois nunca seria permitido a um mordomo, a um lacaio a uma copeira trazer na mão qualquer dos objetos usados à mesa ou nos salões.” (1)
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “156/ Uma Salva/ De prata, medindo 0,22m de diâmetro/ Idem/ 1.944". No item Idem, leia-se Ana Sampaio Rolim. (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 338.
