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54-2
Número de registro
54
Denominação
Preguiçeiro
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
entrançado | jacarandá | madeira | marcenaria | palhinha
Temas
brasil | minas gerais | mobiliário | século xix | usos de costumes
Altura (cm)
84,3
Largura (cm)
67
Comprimento (cm)
209,5
Resumo descritivo
Preguiçeiro confeccionado em madeira (jacarandá) e palhinha, de uso diurno, em estilo eclético, com cabeceira e peseira finalizadas em hastes sinuosas e curvadas para dentro. Objeto de estrututura longilínea, composto por assento em palhinha, este sustentado na parte central por trave em madeira, disposta perpendicularmente. Apresenta cabeceira em posição mais elevada que a peseira, cada lado composto por dois travessões de madeira, sendo o superior torneado. Na parte superior das quatro extremidades do móvel, ornamentação arrematada por pescoços delgados e cabeças de cisnes. Peça apoiada sobre quatro pernas, de secção quadrangular, ligeiramente em curva, com os pés voltados para fora.
Dados históricos
Sobre Preguiçeiro: “Cama para repouso diurno com cabeceira inclinada e sem resguardo para os pés. No mobiliário luso-brasileiro do séc. XVIII, tem aplicação semelhante à da camilha, só que, enquanto o estrado desta é, em geral, de palhinha ou acolchoado, o do preguiceiro é de couro.” (1) Sobre Cisne: “Motivo ornamental constituído pela cabeça e pela linha sinuosa do pescoço do cisne, que aparece no mobiliário romano, no dos estilos Império e Restauration, Luís Filipe e, no Brasil, nos móveis ecléticos de meados do séc. XIX.” (2) Sobre Mobiliário: “A habitação popular e a dos mais abastados no antigo Arraial do Tijuco, ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, não teve significativas mudanças. O interior das casas era sóbrio e apenas com o mobiliário essencial, como relatou o viajante Saint Hilaire (1974, p.28): “Quanto aos móveis eram sempre em pequeno número, sendo em geral tamboretes cobertos de couro cru, cadeiras de espaldar, bancos e mesas”./ A partir da segunda metade do século XIX, as habitações das classes mais ricas aperfeiçoaram os seus interiores em espaço, mobiliário e conforto. Os sobrados passaram a apresentar maior número de aberturas para o exterior, permitindo assim maior claridade e melhor arejamento. Também a divisão interna passou a atender às necessidades funcionais. O número de móveis aumentou, importando-se peças variadas e também se fabricando maior quantidade e variedade./ Em fins do século XIX, um interior abastado já tinha uma separação nítida entre os aposentos, cada qual com seu conjunto especializado de peças de mobiliário e de objetos decorativos. Os móveis e a decoração passaram a conhecer mais modas e estilos do que anteriormente./ Dentre as peças de mobiliário preservadas no Museu do Diamante, pode-se observar as curiosas cadeiras sanitárias femininas e masculinas (comuas), que foram amplamente utilizadas pela família colonial brasileira.” (3)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 314. (2) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 92. (3) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 55.





