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Santo
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Documento
Metadados
Miniatura
Título
Santo Antônio de Pádua
Número de registro
127
Denominação
Santo
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Igreja de Nossa Senhora do Rosário | Diamantina | Minas Gerais
Autor
Material/Técnica
douramento | entalhe | folha de ouro | madeira | policromia | tinta
Temas
brasil | minas gerais | religião | século xix
Altura (cm)
25
Largura (cm)
9
Profundidade (cm)
7,5
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de pequeno porte, confeccionada em madeira (cedro) entalhada, policromada e dourada, representando Santo Antônio de Pádua. Figura masculina, jovem, de pé, em posição frontal, de rosto redondo, com cabelos castanhos escuros em tonsura e com mechas, tendo orifício na parte superior da cabeça (para encaixe do resplendor – este inexistente). Apresenta testa curta, tez do rosto com carnação nos tons bege e róseo, orelhas aparentes, sobrancelhas e olhos pintados em tom preto, nariz pequeno, bochechas salientes e rosadas, boca cerrada, com lábios pintados em tom vermelho e pescoço delgado. Traja hábito da Ordem Franciscana, composto por túnica preta ornada por barra dourada, cintada, cintada e com cíngulo dourado com os três nós à esquerda (simbolizando obediência, castidade e pobreza). Sobre a túnica, manto na altura dos joelhos, com capuz caído sobre as costas. Indumentária com panejamento pouco movimentado. Pés calçados com sandálias pretas de tira deixando dedos aparentes. Apresenta braços flexionados estando seu braço esquerdo quebrado assim como sua mão direita. Imagem sobre base octogonal escalonada com a superfície pintada em tom vermelho e a parte inferior em tom azul celeste.
Dados históricos
Sobre Santo Antônio de Pádua ou Antônio de Lisboa (1195-1231): “Chamava-se Fernando, nasceu em Lisboa e morreu em Pádua, na Itália. Ingressou na Ordem Franciscana adotando o nome de Antônio, em homenagem a Santo Antão, e destacou-se como pregador e taumaturgo, ainda em vida./ Sua festa é celebrada a 13 de junho./ Geralmente representado como jovem trajando o hábito franciscano, franzido à cintura por um cordão com três nós. Tem como atributos o crucifixo, um lírio, símbolo da pureza, e o Menino Jesus assentado, ou em pé, sobre um livro, que simboliza uma aparição. Outras representações menos comuns tematizam Santo Antônio dos Pobres ou do Pão, cujos atributos são o Menino Jesus, um alforje ou um avental cheio de pães, que o Santo Antônio oferece aos pobres.” (1) Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã. Ed. UFOP/ IPAC. Ouro Preto, 1993. Pág. 81. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 22.