Sala dos Diamantes

A sala do Diamante guarda a memória preciosa dessa Pedra Rara. Por ela, conseguimos desvendar o valor do Diamante para a ocupação do Arraial do Tijuco, bem como para a cultura e as relações sociais estabelecidas em Diamantina.
Durante o século XVIII e parte do XIX, o Arraial possuía a maior lavra de diamantes do mundo ocidental. A riqueza aqui gerada sustentou um dinamismo econômico, a opressão e a cobiça da Coroa pelo monopólio da extração. Os tempos coloniais foram caracterizados pela presença e desenvoltura de feitores, soldados, escrivães, intendentes, ouvidores. Marginalizados, aqui também viviam os garimpeiros e faiscadores.
Considerados criminosos por contestarem o regime de monopólio da mineração diamantífera. Ambos, mineradores ilegais, os garimpeiros se distinguiam dos faiscadores por trabalharem em grupo. Dotados de um saber essencialmente sertanejo, possuíam um grande conhecimento do terreno, além de uma enorme capacidade de trabalho, rapidez e mobilidade. Até os dias de hoje, a cultura do garimpo está enraizada na memória diamantinense, sendo que grande parte das pessoas que aqui vivem conheceu e conhece de perto essa realidade.

Imagem: Livro de Registro da Casa da Administração Geral dos Diamantes-Acervo do Museu do Diamante.