Documento
Anexos
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1397-2
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1397-3
Metadados
Número de registro
1397
Denominação
Relicário pingente
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Autor
Temas
Largura (cm)
5,5
Comprimento (cm)
8
Resumo descritivo
Relicário [pingente] em caixa no formato de losango, confeccionado em metal (ouro). Peça de interior oco com abertura feita através de pino em sistema de rosca, disposto na parte inferior do objeto. Apresenta duas cenas religiosas dispostas uma em cada lado da caixa, cercadas por emolduramento em gomos. Na parte superior, pino arrematado por frisos em meia-cana e ladeado por volutas estilizadas, tendo aro na extremidade para pendurar a corrente. Numa das faces, na parte central, ostensório com a inscrição: “IHS” encimada por querubim e cercada por raios de sol. A peça litúrgica encontra-se sobre bandeja, tendo, logo abaixo, círculo com a inscrição: “CSSML” (na vertical), “NDSMD” (na horizontal), “C/S/P/B” (dispostas nas quatro extremidades) e a legenda: “MCLIVDIHSVRSNSMVS”. À esquerda da cena, figura masculina, idosa, representando Santo Papa, com cruz e mitra papal na cabeça, esta circundada por raios de sol. (cont. em observações).“À direita, representação de Apóstolo segurando cálice com uma das mãos, tendo uma cobra em seu interior. Cena circundada por frisos e motivos florais. Na outra face do objeto, cena com Cristo Crucificado encimado por pomba do Divino Espírito Santo irradiando raios solares. Cristo ladeado por São João Evangelista e por Madalena, circundados por friso e a seguinte legenda “SAB/Z/HGF/BFRS/Z/DIA/BIZ”, tendo letras intercaladas por sete flores estilizadas.” De acordo com ficha anterior, o objeto se encontrava no Banco do Brasil em 1990, agência de Diamantina, MG. Há referência de compra da peça do Dr. José Pedro Costa (a pesquisar em documentação). Documentação encontrada no dossiê: Ficha cadastral do Ministério da Educação e Cultura, datilografada e assinada pelo informante e pelo dirigente do órgão, Anto- nio Eugenio Nascimento e João Brandão Costa (respectivamente), datada de 06/12/1970. 2) Ficha datilografada do MEC/IPHAN, referente ao inventário de 1981, sem assinatura, com foto em preto-e-branco. 3) Ficha de Acervo Museológico GMCH/MG, em formato de fichário, assinada por Tânia Bravo Leite e por Celina Santos Barboza (1989/1990), com foto preto-e-branca.
Marcas/Inscrições
Em um dos lados: círculo com a inscrição: “CSSML” (na vertical), “NDSMD” (na horizontal), “C/S/P/B” (dispostas nas quatro extremidades) e a legenda: “MCLIVDIHSVRSNSMVS”. No outro lado, a legenda:“SAB/Z/HGF/BFRS/Z/DIA/BIZ”
Dados históricos
Sobre Cristo Crucificado: “JESUS CRUCIFICADO/ Representações da cena do Calvário nas quais é comum serem as imagens em tamanho natural, articuladas nos membros superiores a fim de servirem nas encenações do descendimento da cruz, na Sexta-Feira Santa./ Cristo aparece envolvido na cintura por uma faixa branca, denominada perizônio, amarrada por cordas ou nó do próprio tecido. Os braços estão suspensos e presos à cruz por meio de cravos. Os pés, às vezes, estão separados ou unidos um sobre o outro por cravos, apoiados ou não em supedâneo./ Às vezes tem a cabeça caída sobre o ombro e os olhos fechados, sendo chamado de Senhor do Bonfim./ Noutras representações, no conjunto do Calvário, aparecem a Virgem das Dores, São João Evangelista e Maria Madalena, no topo da colina onde está a cruz./ Cristo pode ainda ser representado junto aos outros crucificados, o Bom e o Mau Ladrão, à direita e à esquerda da cruz, respectivamente./ Sobre a cruz, aparece uma placa com as iniciais INRI ou Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.” (1) Sobre Jóias: “Medalhão pingente, alfinete de gravata e abotoadura, como os objetos expostos no Museu do Diamante, foram as peças mais freqüentes de encomenda de ourives e representavam símbolos de poder e ostentação na sociedade colonial no Brasil. Faziam parte dos objetos de valor de família e eram elemento imprescindível nos seus testamentos e inventários./ A confecção de jóias tinha uma importante produção no século XVIII, apesar da ourivesaria religiosa ser mais significativa que a civil, com preciosos objetos de prata e pedras preciosas, como relicários, lâmpadas, ostensórios, navetas e coroas” (2) Sobre o objeto (legenda e foto): “Relicário pingente do século XVIII. N° Inventário 1397” (3)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã. Ed. UFOP/ IPAC, Ouro Preto,1993. Pág. 36. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 20-21. (3) Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 21.