Sala da Música

A vida social e cultural no Arraial do Tijuco era bastante dinâmica para os padrões da época. A musicalidade tão forte e marcante em Diamantina é fruto desse tempo.
O vigor da produção musical do Arraial do Tijuco foi revelado pelas pesquisas de Curt Lange em meados do século XX. A música setecentista composta e executada por homens negros como Lobo de Mesquita, estreitamente associada à vida religiosa das Irmandades, é reconhecidamente dotada de apurada técnica e criatividade. A cidade inclusive abriga o órgão Almeida e Silva Lobo de Mesquita, o mais antigo órgão feito no Brasil que ainda está em funcionamento. Os músicos do antigo Tijuco foram a base dessa tradição musical marcante nos dias atuais. Em cada rua de Diamantina há um bom instrumentista que leva adiante o gosto pela música cultivada desde o século XVIII.
O Museu do Diamante possui em seu acervo 8 clichês com músicas sacras escritas pelo Maestro João Batista de Macedo e também um piano que pertenceu a ele. Conhecido como “Piruruca”, o maestro foi o criador da Vesperata, um concerto musical ao ar livre, singular e tradicional de Diamantina.
Como se vê Diamantina é detentora de um patrimônio musical de relevância nacional acumulado por séculos de atividade, tendo esta arte um valor significativo para a sociedade e uma forte expressão de identidade cultural do povo diamantinense.

Piano que pertenceu a João Batista de Macedo- o criador das Vesperatas.