Documento
Metadados
Número de registro
258
Denominação
Xícara de café (com pires)
Classificação
Local de produção
Europa | Inglaterra | Longport
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
Diamantina | Minas Gerais
Temas
Altura (cm)
5,2
Diâmetro (cm)
6,8 (boca)
Resumo descritivo
Xícara de café [com pires], de pequenas dimensões, confeccionada em porcelana branca com ornamentação em tom azul cobalto. Apresenta corpo plurifacetado, contendo doze faces, borda com friso simples, alça recortada em curva e arrematada por voluta, e base circular. Ornamentação externa com motivos “chinoiserie”, composta por duas cenas com árvores típicas da região, pagode, lago, ponte e motivos florais. Na parte interna da xícara, barra com volutas e motivos florais intercalada por faixa branca, tendo, ao fundo, ramo de flores. Objeto sem marca. Apresenta pires fundo, ornado à esquerda do campo por cena oriental composta por duas figuras humanas, uma sentada e outra de pé, cercadas por vegetação com árvores, flores e volutas. Na borda do pires, faixa com flores geometrizadas em série. Fundo branco, tendo, ao centro, a seguinte inscrição em tinta azul: “AMOY”, cercada por moldura octogonal com motivos geometrizados, tendo, logo abaixo, outra inscrição com a marca do fabricante: “DAVENPORT”.
Marcas/Inscrições
No fundo do objeto, em tinta azul: “AMOY” e a marca do fabricante: “DAVENPORT”.
Dados históricos
Sobre Louça Inglesa: “ (...) Durante o primeiro e o segundo reinados, o Brasil importou fartamente essas louças, em especial as azul-e-branco, as chamadas louças de pombinhos e as de borrão. Eram peças comuns, de uso diário, friáveis, muitas decoradas com decalcomania; destinavam-se às cidades e ao consumo rural. Os serviços de chá e café, vasilhame de copa e cozinha, serviços de lavatório, etc., se não apresentavam as qualidades da porcelana fina, em compensação tinham preços mais acessíveis.” (1) Sobre Porcelana e Faiança: “O Arraial do Tijuco, na primeira metade do século XIX, já tinha uma concentração significativa da população na cidade, o que favoreceu e ampliou as possibilidades comerciais. As lojas vendiam diversos objetos refinados, conforme a influência da etiqueta francesa e a moda na Corte, onde se realçavam as pratas, os vidros e as louças de porcelana. O requinte dos objetos vendidos no Tijuco foi observado por Saint- Hilaire (1974, p.29-30) da seguinte maneira:/ “As lojas dessa aldeia são providas de toda a sorte de panos; nelas se encontram também chapéus, comestíveis, quinquilharias, louças, vidros e mesmo grande quantidade de artigos de luxo (...). Essas mercadorias são quase todas de fabricação inglesa e são vendidas em geral por preços muito módicos, tendo-se em vista a distância e a dificuldade de transportes.”/ A louça inglesa foi largamente importada para o Brasil no começo do século passado. A sua maior curiosidade é a decoração, sempre com um toque oriental. Estas peças, de faiança, do Museu do Diamante, têm decoração toda azul com motivos orientais de cenas chinesas, com seus pagodes característicos.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Inventário dos Bens Móveis (datilografado) a cargo do artífice referência 20, Assis Alves Horta, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1952, cita nº de registro, quantidade, espécie, grupamento, procedência, data de entrada e valor: “239/ Três Chicaras/ Com pires de louça azul, marca Andy, Davenport - Cyprus/ Idem/ 1.948". No Item Idem, leia-se Antonio Coimbra (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alli. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Ed. Nova Fronteira, 1999. Pág. 227. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Págs. 56-57.