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Nossa Senhora
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Documento
Metadados
Miniatura
Título
Nossa Senhora Mãe dos Homens
Número de registro
103
Denominação
Nossa Senhora
Classificação
Local de produção
Data de produção
Acervo
Museu do Diamante
Procedência
3° Distrito do SPHAN | Belo Horizonte | Minas Gerais
Autor
Temas
Altura (cm)
108,5
Largura (cm)
44,5
Profundidade (cm)
34
Resumo descritivo
Escultura religiosa, de grande porte, confeccionada em madeira entalhada, policromada e dourada, representando Nossa Senhora Mãe dos Homens. Figura feminina, jovem, de pé, em posição frontal, de cabelos semilongos, em tom marrom, envoltos por véu curto em tom azul celeste. Apresenta rosto oval, testa curta, tez com carnação esbranquiçada, sobrancelhas delgadas e arqueadas, olhos pintados em tom verde, nariz arrebitado e boca cerrada com lábios em tom vermelho. Traja túnica longa, em tom esverdeado e vermelho, estofada, de mangas compridas, ornada por motivos fitomorfos e florais dourados (na técnica do esgrafito – vide camada interna). Túnica sobreposta por manto em tom azul ornado por estrelas douradas e com barra inferior dourada decorada com volutas. Panejamento ligeiramente movimentado. Tem seus braços flexionados, estando o seu braço esquerdo segurando o Menino Jesus. Menino Jesus representado através de figura de criança, sentada, de cabeça grande, rosto redondo, cabelos curtos e lisos, em tom marrom, orelhas aparentes, testa curta, olhos claros, nariz arrebitado e boca com lábios em tom vermelho, bochechas salientes e queixo duplo, tendo tez com carnação esbranquiçada. Traja túnica aparentemente em tom azul e vermelho com ornatos e barra inferior em dourado. Apresenta seu braço direito estendido lateralmente e seu braço esquerdo estendido à frente. Pernas musculosas e desnudas e pés descalços. Imagem sem base.
Dados históricos
Sobre Nossa Senhora Mãe dos Homens: “Segundo alguns autores, a devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens teve origem no Convento de São Francisco das Chagas, em Lisboa, no século XVIII./ Em Minas Gerais, Nossa Senhora Mãe dos Homens foi orago do santuário do Caraça, fundado em 1774 por Irmão Lourenço./ Representada de pé, veste túnica e manto e traz sobre a cabeça um véu que lhe cai sobre nos ombros. No braço esquerdo, está o Menino Jesus seminu, tendo uma cruz na mão direita. O braço direito da Virgem aparece levantado e a mão em atitude de benção.” (1) Sobre Arte Sacra: “Era a religião o principal fator comum na sociedade colonial brasileira setecentista. A religião católica, com a variedade do seu culto, estava presente no dia-a-dia, quer nos jejuns e abstinências, quer através de ofícios divinos, confissões e comunhões, quer com procissões e festas religiosas./ A devoção religiosa no antigo Arraial do Tijuco foi descrita pelo viajante George Gardner (1942, p.384) da seguinte maneira: “A cidade conta três ou quatro belas igrejas; uma delas, chamada N.S. do Rosário, que pertence aos negros da costa da África, e tem sobre um elevado altar a imagem da Virgem preta. Como morávamos perto desta igreja, assisti muitas noites às celebrações de uma de suas festas a que se achavam presentes, além dos pretos que habitualmente freqüentavam a igreja, muitos dos mais respeitáveis representantes do sexo masculino e feminino da cidade./ Tudo se fazia com perfeita propriedade e certa noite ouvi excelente sermão pregado por um dos sacerdotes locais”./ Minas Gerais, província do ouro e do diamante, centro de riqueza do Brasil colônia por quase um século, teve condições excepcionais de possuir uma imaginária rica. Na significativa produção mineira, se destacam as pequena imagens domésticas adequadas aos oratórios, que, desde o fim do século XVIII, adornavam as casas de família. Estes oratórios, geralmente de pequeno porte, surgiram em face da fé religiosa e do aumento da população com a febre da mineração. Dentre esta produção podemos destacar os conhecidos oratórios D. João V. Com talha rococó e pintura interna, estes oratórios envidraçados são povoados com pequenas imagens de pedra, freqüentemente brancas, com pintura em algumas partes e pouca decoração em ouro, existindo em vários tipos, com tamanhos diversos ou apenas a caixa com o presépio. Foram largamente produzidos do fim do século XVIII até a primeira metade do século XIX, encontrando-se inúmeros exemplares em outros estados do país.” (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
(1) CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã. Ed. UFOP/ IPAC, Ouro Preto, 1993. Pág. 26. (2) PESTANA, Til Costa. In Catálogo do Museu do Diamante. Ed. Iphan/ Ministério da Cultura. Pág. 22.